Rafael Fernandes

São Paulo, São Paulo, Brazil
Professor efetivo da rede pública do Estado de São Paulo na escola Dr. Carlos Augusto de Freitas Villalva Jr. Atualmente Conselheiro Estadual da APEOESP - Sindicato dos professores do Estado de São Paulo - Regional Sudeste Centro.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Recuperação de conteúdos - Segundo Ano E.M.

Transição Demográfica

A transição demográfica é um modelo de leitura das grandes transformações demográficas que ocorreram ou que estão a ocorrer na época contemporânea. Começou por ser um modelo interpretativo das transformações demográficas da Europa mas rapidamente adquiriu uma vocação planetária. Apesar de existirem variantes interessantes de autor para autor e de existirem algumas críticas a determinados aspectos da teoria (sobretudo quando esta é formulada numa linguagem muito dogmática e detalhada) a transição demográfica é considerada como um dos modelos interpretativos mais importantes da Demografia.
Segunda a teoria da transição demográfica todos os paises já passaram ou terão de passar por quatro fases de evolução:


  •  Fase do «quase-equilibrio» antigo (ou de pré-transição) entre uma mortalidade elevada e uma fecundidade igualmente elevada o que implica um crescimento natural da população reduzido;
  • Fase do declínio da mortalidade e da consequente aceleração do crescimento natural da população;
  • Fase do declinio da fecundidade; a mortalidade continua a declinar embora a um ritmo mais moderado e o crescimento natural da população diminuiu de intensidade;
  • Fase do «quase-equilibrio» moderno entre uma mortalidade com baixos níveis e uma fecundidade igualmente baixa; o crescimento natural da população tende para zero.
A totalidade dos países desenvolvidos encontra-se na última fase da transição demográfica e em alguns países desenvolvidos até já se entrou numa fase a que se começou a chamar de pós-transição devido ao fato de o seu nível de fecundidade não garantir a substituição das gerações e de o número de óbitos ser superior ao de nascimentos. Todos os países do mundo já passaram pela segunda fase (declínio da mortalidade) e quase todos já chegaram à terceira fase (declínio da fecundidade).
Através da teoria da transição demográfica podemos provar a existência dos efeitos da modernização nos comportamentos demográficos. A revolução sanitária fez com que no mundo, nos anos 90, não existissem praticamente países com uma esperança de vida  de 50 anos de idade. Os poucos países que encontram-se nessa situaçao localizam-se todos à África Subsaariana.  A revolução contraceptiva fez também generalizar a ideia que um baixo nível de fecunidade é um símbolo de modernidade, seja à escala de um país seja à microescala dos indivíduos e dos casais. Segundo as Nações Unidas, apesar das consequências demográficas dos intensos ritmos de crescimento populacional das últimas décadas, é possível perceber um cenário de estabilização da população à volta de 8 a 9 bilhões de habitantes no nosso planeta em meados do século XXI ,em vez dos catastrofistas 12 bilhões admitidos em cenários anteriores.

 Fonte: Nazareth, J.M.;  Introdução à  Demografia, Ed. Presença. 1996 (adaptado).















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